O que é mobilidade urbana?

A mobilidade urbana é um dos grandes desafios enfrentados pelos operadores logísticos no Brasil. Afinal, as condições oferecidas pelas cidades para a garantia de circulação livre não são capazes de atender ao crescimento exponencial de veículos individuais acrescentados ao trânsito diariamente. O que faz com que todo o tráfego seja comprometido. Logo, também compromete-se, significativamente, o escoamento de produção no país.

Um dos motivos do agravamento da questão é o incentivo à adoção de transportes individuais. Em contrapartida, o sucateamento das condições urbanas e das opções de transporte público.

O Que é Mobilidade Urbana?

De maneira genérica, o termo mobilidade urbana se refere às condições de deslocamento em um dado espaço geográfico. Ou seja, é a oferta de possibilidades para que coisas e pessoas possam ser deslocadas entre diferentes espaços. Assim, é o que possibilita desde a expansão de cultura e conhecimento até a escoação de produção, evitando o caos.

Esse conceito se desdobra na possibilidade de tráfego de pessoas , veículos e cargas. Logo, esbarra também na gestão e planejamento do transporte urbano e na eficiência das operações de abastecimento do país.

Mobilidade Urbana, Sustentabilidade e Qualidade de Vida

No âmbito da sustentabilidade, há uma preocupação global quanto à mobilidade urbana. Afinal, um dos grandes degradantes do meio ambiente é a emissão de poluentes promovida pelo transporte em massa. Portanto, uma garantia de tráfego eficiente passa por um planejamento urbano que estimule a diminuição dessa emissão.

Entre as ações necessárias e esperadas está o investimento nos sistemas coletivos e não-motorizados. O que se percebe é que o Brasil tem feito o caminho inverso estimulando o consumo automobilístico e enchendo o tráfego com veículos individuais. O grande problema dessa prática é que não se percebe o mesmo interesse no investimento de transportes e plataformas coletivas. Uma investimento que poderia, a propósito, oferecer conforto aos usuários e agilidade no trânsito.

Uma das soluções de integração de sustentabilidade e qualidade de vida através da mobilidade está em se colocar em prática o Plano Nacional de Mobilidade Urbana. O que significa dizer que deve-se trazer para a prática a pretendida priorização de transportes coletivos e não-motorizados ditada pelo plano. A propósito, para que isso aconteça o incentivo ao uso coletivo e não-motorizado deve vir acompanhado de investimentos. Investimentos esses que devem vir na forma de modernização e aquisição de frotas, na expansão das ciclo vias e no desenvolvimento e aquisição de tecnologias de sustentabilidade.

O Impacto da Mobilidade Urbana no Sistema Logístico

No cenário logístico, a mobilidade urbana também tem uma significativa parcela de contribuição, afinal é o fator de primeira necessidade no deslocamento de produtos.

As principais dificuldades encontradas pelos operadores logísticos estão entre alguns fatores. O primeiro deles é ausência de atenção à qualidade e expansão das vias. Embora o número de veículos cresça exponencialmente, as vias permanecem as mesmas. Pior do que isso, pois, a debilidade de manutenção deteriora a via e dificulta o trajeto.

Entretanto, além dos grandes problemas do sucateamento das vias há ainda a presença significativa de caminhões considerados velhos trafegando pelas cidades. A análise quanto a idade do veículo se faz considerando o tempo ideal de uso de veículos de forte desgaste. Enquanto o ideal é que eles sejam utilizados na logística por 10 anos, o Brasil roda comumente com uma frota cujo uso médio é de 20 anos.

Todos esses fatores cumulados às questões já tratadas nos tópicos anteriores, fazem com que o movimento de logístico se torna muito mais lento do que o ideal. Porém, o aumento do tempo de trajeto não é o único impacto causado pela ineficiência da mobilidade. Além do tempo, ainda é possível observar um aumento no custo de manutenção dos veículos, além de eventuais perdas de mercadorias.

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